sábado, 19 de fevereiro de 2011

Espelho fragmentado



Boa noite. Estou mau, triste


Oi meu rei. Porque você está assim?

Não sei porque, somente estou sentido.

Você esta se sentido sozinho?

Talvez, é estranho porque não conheço isso que sinto e essa inconstância é muito ruim, devora-me e acaba comigo, a defesa? Ela não pode existe contro um alvo invisível.

Isso vai passar, se eu puder fazer algo por você …

Não sei, eu entendo que não estou me entendendo.

Você está sozinho ai?

Sim, eu estou sozinho. Acho que a gente é assim mesmo, a gente perde o chão, o sentido, a noção, o caminho e a ideia.

Mas não aconteceu nada para você esta sentindo-se assim?

O de repente sempre pega a gente de jeito. Não sei, parece que eu quero … O que queremos ?

Sabe o que é? É a solidão batendo na sua porta.

Talvez seja essa pedra bruta que me atrapalha, tenho que encontra um caminho, uma forma de lapidar

Porque você não tenta algo, alguém ?

O alguém esta sempre no horizonte. Na banda de lá o sol é sempre mais brilhante. No mais, eu sempre perco.

O que eu posso fazer para lhe deixa um pouco mais feliz?

Não sei a forma como eu entrei no turbilhão. Não tenho a receita de sair dele. Acho que tenho que me entender. Mais somente consigo isso tendo um contraponto.
Não quero que fique assim menino.

Todo o processo do conhecer-se é cansativo. Renascer dói, ainda recebemos vários tapas na cara, choramos, enfrentamos desafios, caímos somente para levantarmos.
Já passei por esse sentimento, foi pior, durou três anos.

Tenho na minha frente um copo de vodka, um maço de cigarro é uma faca o que fazer ?

Uma Faca?!

Uma faca, um cigarro e um copo de vodka. Já bebi a vodka, fumei quase um maço de cigarros e falta...

A faca?

Estou lendo Arthur Rimbaud e Baudelaire.
Uma bela leitura.

E pobres desses rapazes
Que tentam lhe fazer feliz... ”

*Eu protegi o teu nome por amor
Em um codinome, Beija-flor
Não responda nunca, meu amor
Pra qualquer um na rua, Beija-flor...”

Não tenho que te perdoar, você não fez nada de mau para mim.

Talvez eu tenha feito, ou pense em fazer. Você não me conhece. Sinto que tenho que dizer tchau para a vida, a existência e o em si. Eu fiquei aqui.

Para com isso! (no imperativo)

Me falta o freio.

Se for preciso eu serei o freio, por que não deixarei você cair no abismo.

O abismo nem sempre é ruim, é um lugar calmo, limpo, lindo, no abismo podemos ser sozinhos, podemos escutar Gaia, e os pensamentos do mundo. Olha comigo, veja.

Você está irredutível.

Vai, vá. Venha aqui, me visite, venha me fazer companhia nos meus sonhos, traz um violão. Se lá estiver escuro ao menos tente ser a luz.

Mas eu não quero esta apenas no seu sonho.

Eu procuro o que encontro no caminho. O sol esta indo embora. Cuidado com o não com a paixão. Vamos pela as possibilidades, te espero nos meus sonhos. Depois passamos para o próximo passo.

Porque não fala mais com os amigos?

Eu sei o que causa a distância e falta de tempo. Quando a gente vai se ver ?

Eu também não te entendo muito, eu não me entendo, você se entende muito. Faça uma força maior de saber de você o que sente.

Eu mesma não me entendo. Uma hora ta tudo bem, noutra quero morrer. Isso é muito ruim. É muito ruim quando o seu humor entra em conflito a todo instante, é cansativo. Você acaba pirando. Porque é isso que acontece comigo, agora eu to bem, passa dois minutos eu to mau. Tem horas que eu não dou mais confiança, mas tem vezes que me pega de jeito.

Eu penso que eu sinto muitas coisas, é difícil de administra. Eu tento te entender por que eu gosto do desafio, uma fez você disse: "ninguém me entende, poucas pessoas me entendem", foi eu escutar isso e então cair na onda de tentar de entender. Percebi que é uma tarefa difícil já que nos próprio não nos entendemos. No mais, eu estou muito distante de você, em quase tudo, não consigo me perceber em você, Isso torna a missão mais complicada. Você é uma sujeita misteriosa, queria ter um pouco disso dentro de mim.



Claro que somos pessoas diferentes, com sentimentos diferentes, e experiencias diferentes. Uma coisa pode me atordoar e para você aquilo não passa de uma besteira qualquer. O que aflige o nosso vizinho nunca é importante o bastante. É coisa da cabeça dele, ele inventa tudo, e faz tempestade num copo d'água.

Você é como um abra de artes, como um quadro surrealista, faz tempo eu fico olhando e não acho um ponto de ordem, um sentido. Não consigo ver o todo, somente partes. Acho que minha sensibilidade me atrapalhar e é isso que eu quero começar a trabalhar. Na verdade você não tem um ponto de ordem, é avassaladora, você é o que te agradar. Esse mistério não revelarei agora.

Eu sou eu... Em uma moldura simples é claro. Sou aquilo que se vê.

Fico triste em pensar que posso perde minha protetora, logo agora que você é uma vencedora, capaz, uma lutadora. Acho que você é mais do que podemos ver. É que ainda não sei ver, estou aprendendo agora a perceber que posso perceber. Gosto de esta perto de você, de escutar você falando. Igual lá em Angra ficou me explicando e eu tentando entender. Não sei se entendi, nada é muito certo, exato? Acho que é esse seu jeito que faz com que as pessoas prefiram está em um abismo com você. No mais, acho que as pessoas gostam de querer te entender, de te escultar, um abismo é um bom lugar para isso.

Olha Rofmam, ninguém tem paciência comigo. No primeiro instante pode ate ser muito legal, mas logo perde a graça.

Perde não, você conquista. Você é como a última folha do capítulo de um romance de Virgínia Woolf, sempre nos prende para o próximo capítulo. De você, a gente sempre quer mais.

As pessoas não têm paciência, da mesma forma que hoje eu te amo, amanha eu te odeio e virse e versa. É chato ser inconstante. Também não é porque eu tenho medo, ou coisa do tipo. Tenho minhas noias, e essas noias me atrapalham. Por dentro, por dentro eu estou querendo gritar. me esconder. O grito é mudo. Eu achei aquilo errado, pode ser noias infundadas é verdade que pode ser. Foi uma atitude precipitada da minha parte. Não vou mentir, somente não era o momento.

Sim, você é assim mesmo, a gente te ama querendo, as vezes, te matar um pouco, como morte por afogamento. Parece que depois disso tudo, você saiu com um ressaca moral grande.

Ressaca moral, essa era a palavra.

Acho que tudo é bom quando inventa um ponto de reflexão, nisso você é ótima, é craque.

Só que esse ponto de reflexão causou um grande estrago.

Rodney, pare de tentar me convencer que eu sou filósofo.

A capacidade de pensar não é somente um fruto do filósofo linda, até um engenheiro é capaz de pensar. No entanto, você faz isso muito bem.

Não sei até quando e como, não gosto mais do estrago.

Liberdade, não sei mais o que queremos dizer quando enunciamos essa palavra. Acho que “até quando”, e “como” não existe muito perto da liberdade. O estrago cansa.

O estrago não cansa, o estrago é o começo do renascer. Começar do nada. Isso sim cansa.

Todo o processo do conhecer-se é cansativo. Renascer dói, ainda recebemos vários tapas na cara, choramos, enfrentamos desafios, caímos somente para levantarmos.

É mais nem sempre o tempo que passou é o mesmo que você sentiu.

O que sentimos nem sempre é o que sentimos de fato. O real esta sempre do outro lado da rua.

Vivo o tempo, vivo cada dia como meu, sendo real ou imaginário, estando aqui ou na esquina.

Eu gosto do imaginário, do I(real), gosto do sono.

O sono nos engana, nos ilude. Quando a gente acorda, cai de cabeça, isso dói. Sou (anti)social.

A dor quase não importa, é o preço.

Não ma dê bebida se não eu conto a minha vida toda.

Leia a história da contradição, leia a história do absinto.

Ainda é cedo amor
Mal começaste a conhecer a vida
Já anuncias a hora da partida
Sem saber mesmo o rumo que irás tomar
Preste atenção querida
Embora saiba que estás resolvida
Em cada esquina cai um pouco a tua vida
Em pouco tempo não serás mais o que és”

Intelecto nem sempre é interessante quando não tem uma caixa atrativa. Porque se o papel do embrulho for ruim você não se interessa em saber o que tem dentro.

Síndrome do patinho feito, um carinha inteligente, amigo , legal e ....

Minha caixa está vazia.

A Física diz que nada é lá vazio de tudo. Nessa caixa ainda tem muito espaço, ocupa ela, ou chamo o “MST”

Então, muito espaço porque é vazia, sem conteúdo, vácuo, te engole, te sufoca porque ali não tem vida.

Tem espaço para plantar, você tem que achar sua pedra nativa. Sua estrela.

Pedra não brota nada é só pedra, pedra somente fica no caminho.

"O que você estão fazendo ai?" (voz do pensamento = será que estão fumando maconha e fazendo sexo?). "Estamos olhando as estrelas".

Esse dia foi tão legal, pena que todo mundo ficou doente. Estava um frio da porra.

Um dia eu cai nunca dessas pedras. É bom cair de fez em quando. É verdade todo mundo ficou doente. Ficamos doente mas foi divertido, isso que importa.

O abismo nem sempre é ruim. Coração partido, muito engraçado isso.

Um partido do coração ?

É, as vezes eu acho que nunca gostarei de ninguém é engraçado isso. Porque todo mundo é muito chato? Os que moram perto pelo menos, chatos, chatos.
Morram os chatos e ficaremos sozinho na vida, sendo um em muito outros.

Sou eu que vou ser seu colega
Seus problemas ajudar a resolver
Te acompanhar nas provas
Bimestrais, você vai ver
Serei, de você, confidente fiel
Se seu pranto molhar meu papel...
Sou eu que vou ser seu amigo
Vou lhe dar abrigo
Se você quiser
Quando surgirem
Seus primeiros raios de mulher
A vida se abrirá
Num feroz carrossel
E você vai rasgar meu papel.. “

E você vai rasgar meu papel.”. Muito foda, merecia um final melhor.

Caderno – Toquinho. Eu gostei dessa parte : “Seus problemas ajudar a resolver/ Te acompanhar nas provas
Bimestrais/ você vai ver...”

Não consigo pensar em nada disso. O além não é tão alem assim.

Parece que a gente diz tudo, não dizendo.

Meias palavras bastam.

Tenho um amiga que é assim, parece que essa é a forma que ela achou de não se achar. De somente encontrar-se consigo mesma nos momentos de certeza ou pouca certeza, isso segundo ela dói menos. Isso é a frase de quem cansou-se do sal, do abismo, do caos e do estrago. Encontrar uma alternativas não será uma coisa simples, você acha ? Estou a flutuar na ilusão.

Não, porque o simples não é sempre o mais correto, assim como o complexo... No final da historia são nas coisas simples que a gente se diverte mais, como olhar as estrelas.

Como ficar perdido no Bracuí - Angra . As ideias que flutuam no ar, o que é escrito no papel; que são imprimidas ou carregadas pela palavra, não são aquelas que estes senhores temem. O que temem, é a organização, a ação organizada, as tentativas organizadas para realizar estas ideias.

O espontâneo sempre vem unido com sorrisos, é só ir se divertindo da forma que dá, se não der? É só deixar para lá.

Mas é preciso ter manha
É preciso ter graça
É preciso ter sonho sempre
Quem traz na pele essa marca
Possui a estranha mania
De ter fé na vida... “

Porque em parte o espontâneo é o estrago, o estrago é o simples, é mais fácil (des)organizar, o caos é simples.


Minha menina esta metrificando, esta rimando.

"Quem traz na pele essa marca
Possui a estranha mania
De ter fé na vida.." Milton Nascimento

Porque eu gosto é do estrago?”

Até quando estamos longe parece que estamos perto.

"Me debrucei sobre teu corpo e duvidei
E me arrastei e te arranhei"

Pensei que esta vendo um filme, cinema. Essa é a intenção. Cenas : uma janela , elas sempre são uma composição poética linda, lua cheia, um rapaz, uma conversa, coisas que você não entende, sentido, cabeça do colo dele. Eu gosto da provocação.

Isso ma trás lembranças, lua cheia, um rapaz, uma conversa, coisas que você não entende, sentido, cabeça do colo dele. Momentos sem sentidos. “Me debrucei sobre teu corpo e duvidei”. Isso me traz outras lembranças.
Acho que essa música do chico capta esse trecho da sua vida.

Ela : “Juro que não acreditei, eu te estranhei
Me debrucei sobre teu corpo e duvidei
E me arrastei e te arranhei.. chorei”

Grande intervalo, corte e pausas...

A gente perceber o que esta perto da gente.

É difícil porque já tem tudo bem localizado dentro da sua cabeça, tudo esta no lugar que deve estar. Será que esta mesmo? Estou falando besteira?

Não sei, depende. Vai ver criei p me proteger porque tenho medo.

É isso que eu estou falando, é muito difícil eu dizer alguma coisa porque você já tem o contraponto.

Tenho, porque eu gosto do estrago e me escondo dele.

Isso tudo, no mínimo é caótico e embaraçoso.

"Você tem que saber que eu quero correr mundo
Correr perigo
Eu quero é ir-me embora
Eu quero dar o fora
E quero que você venha comigo"

O que eu fui fazer, coitada dessa mulher. O chico tem um alma pseudo feminina.  

sábado, 29 de agosto de 2009



Corrigindo alguns textos, não liguem se encontrarem alguns erros.



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sexta-feira, 17 de julho de 2009

Protesto!

As cenas de um filme não param, eu grito isso.
Minha vida é assim, ela meio que não para.
Quero falar. Digo para vocês em imagens.
Elas – as imagens – são uma coisa que desenha, não sei o que.
As feridas, elas, são minhas imagens preferidas.
Eu gosto e devo dizer não me faça ser um mentiroso.
Eu gosto de baratas, tenho que dizer, eu, eu já fui processado por uma barata.
Sabe por que ela me processou? Porque eu era feliz.
Eu digo, quero viver a alegria. Aleluia, alegria diabólica.
Quero ver aquilo que não sei.
Tenho medo, escrevo, para ser feliz, eterno,
Foi por isso que ela levantou-se contra mim, levantou esse julgo.
Não, não falem dela.
Ela é viva.
Eu quero ter a mentira, por quê? Porque eu? Eu sou feliz por quê?
A barata pode ser feliz, eu não, eu, não posso.
A barata é verdadeira, ela mostra o que é.
Desculpa - você mesmo leitor - me perdoa?
Sou humano, ela, a barata, me convence de ser mortal.
Vou te perguntar uma coisa.
Você é feliz?
Eu disse sou humano, não quero.
Não quero leva, essa culpa, sozinho.
Mais a barata ela é feia, desculpa barata, não use mais isso contra mim.
Eu tava no tribunal da barata, sendo julgado por esse ser que é perfeito.
A barata é prefeita, você deve,
Eu sei, ter pisado em uma barata.
Você a pediu desculpa? A barata é solitária.
Nunca ninguém desde a fundação deste mundo (se ele foi fundado) mais nunca ninguém alisou uma cabeça de barata.
Eu! Eu agora reparo algo.
Algo que se revelou como uma Epifania a mim.
Eu passei de réu a advogado da barata.
O mundo! O mundo! Deve. Deve o que?
Você leitor me pergunta?
O mundo deve ser mesmo aquele que defende a barata.
Eu escondi.
Falo agora, todo dia bem cedo eu como um pedaço de pão com barata.
Calma - escrevo isso no imperativo - não mencione isso a ninguém.
Isso pode ser nosso segredo?
O pão, ele é minha realidade, vocês já sabem disso não é.
A barata é a verdade, o caminho e a vida.
Não sei se é permitido definir alguma coisa.
Mais defino, determino-me em favor da barata.
A barata é psicodélica.
Falo em voz baixa, nojenta, mas psicodélica.
Não se levante.
Eu digo aqui ela é, certa.
Ela não é bicho.
Ela é um ser, perfeito ser, como já disse.
Feito de luz, luz da estrela do cosmo.
Dos olhos de Yansã, das estrelas de mil pontas.
Dos deuses do Olimpo, acho que a barata é tão difícil de definir com esses sentimentos criados.
Eles são criados, inventados, eu sei disso.
O amor é difícil de definir e fácil de mentir.
Nisso não diga que protesta.
Eu não quero amar, ser feliz? Eu não quero.
Não quero ser a coisa que é em todos os sentidos é boa.
Sou terrível eu não quero ser anjo, quero ser caído.
Quero conhecer o inexplicável fluido da vida.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Clarividência


Eu queria ser aquilo que não sou o fato é que, nós somos aquilo que não podemos ter, eu queria ter aquilo e não tenho isso.

Ver aquilo que sou, o que fui é nostálgico.

Eu fui concebido em 1990, mas já se passaram mais de nove anos e eu ainda não nasci, agora tenho meus dezoito anos; ainda não sei o propósito, eu, sou igual a todos, porém sou diferente porque não sei quem sou. Não sei ainda o que quero, sei, eu sei que desejo ser o que não sei o que é.

Os “mortos” falam comigo. Eles, eles não são maus. Não são, são meus anjos. Eu chamo de “mortos” esses personagens que não sei quem são.

Sei que uma hora dessas vocês deve esta se perguntando como assim? Como ele fala com os mortos? Não, não sou médio. Também não falo da filha da filosofia - religião -, também não sou um defunto que conta suas memórias, não vivo delas são nostálgicas.

É que um dia me transladei de alguma forma até sua dimensão: a dos “mortos”.

NÃO ESTAVA dormindo mais estava sonhando, nessa hora não sei acho que era alucinação. O sonho era bom. Tão bom que até os sonhos sonhavam. Tenho que dizer uma coisa, coisa essa que me da grande medo, medo que me tomem por alienado ou algo que a psicologia diagnostica como anormal, porém digo para não receber a alcunha de covarde como já antes fizeram, falo logo:

- Os mortos não estão mortos, os mortos estão vivos e dominam os vivos.

Faz tempo que eu vejo um menino nesse mundo que não é meu. Ele é pequeno aparenta ter doze anos, e não saber o que é viver. Tenho que expressar o que sinto agora:

- Viver é cruel.

Não que essa crueldade seja ruim, ela não é, a bailarina mágoa seus pés com a sapatilha de ponta, isso é cruel, mas ela não para de dançar por isso; os aplausos pagam.

Depois de parar e escutar algumas palavras ditas pelo menino, eu vi, a emoção dos meus olhos tinha me enganado. Ele falava-me sobre teologia, coisas de D’us, filosofia, história, literatura e até política, chegou a compara essas com raciocínios lógicos.

- Qual sua idade? Perguntei eu em minha curiosidade, o que provava a minha real mortalidade humana sempre presa as coisas do tempo, digo: mortalidade humana, porque nem sempre convivo com homens. O garoto disse aquilo que eu já tinha pensado. (Uma hora dessa eu já não pensava bem, por quê? Porque tinha parado com minhas consultas psicológicas). Ele disse:

- “Vocês homens são feitos todos iguais”. Ele falava, tenho que dizer, com muita sabedoria, contou-me que tinha nascido antes do mundo e que por isso era mais velho.

Contou-me do nada, de anjos e demônios, da paz, da liberdade, das guerras e dos escravocratas. Explicou-me sobre o ocidente e dos ventos do oriente, relatou-me da ganância dos homens, do sangue negro que vinha do oriente - médio, disse-me também que isso era o fundamento de todo o ódio, lá do meio do povo nós escutamos que a personificação do diabo e o ódio, eu vi o diabo.

Só agora eu pôde ver que ele sentia, ele chorou, o menino tinha seus traços de humano, a lágrima era uma gota de sangue, eu não perguntei por que ele chorava, não perguntei por que eu sabia.

Só agora eu sei, aquele garoto é o princípio. Ele, ele é o pensamento que pensou em criar tudo. Ele pensou em me inventar, em criar a humanidade, porém a guerra não é o final, os fins devem ser felizes para sempre.

Uma uva acabou de cair no chão. Ela não vai morrer, eu sei, o menino chorou e sua lágrima caiu na uva.

No começo uma pessoa plantou uma oliveira.