sábado, 29 de agosto de 2009
sexta-feira, 17 de julho de 2009
Protesto!
As cenas de um filme não param, eu grito isso.
Minha vida é assim, ela meio que não para.
Quero falar. Digo para vocês em imagens.
Elas – as imagens – são uma coisa que desenha, não sei o que.
As feridas, elas, são minhas imagens preferidas.
Eu gosto e devo dizer não me faça ser um mentiroso.
Eu gosto de baratas, tenho que dizer, eu, eu já fui processado por uma barata.
Sabe por que ela me processou? Porque eu era feliz.
Eu digo, quero viver a alegria. Aleluia, alegria diabólica.
Quero ver aquilo que não sei.
Tenho medo, escrevo, para ser feliz, eterno,
Foi por isso que ela levantou-se contra mim, levantou esse julgo.
Não, não falem dela.
Ela é viva.
Eu quero ter a mentira, por quê? Porque eu? Eu sou feliz por quê?
A barata pode ser feliz, eu não, eu, não posso.
A barata é verdadeira, ela mostra o que é.
Desculpa - você mesmo leitor - me perdoa?
Sou humano, ela, a barata, me convence de ser mortal.
Vou te perguntar uma coisa.
Você é feliz?
Eu disse sou humano, não quero.
Não quero leva, essa culpa, sozinho.
Mais a barata ela é feia, desculpa barata, não use mais isso contra mim.
Eu tava no tribunal da barata, sendo julgado por esse ser que é perfeito.
A barata é prefeita, você deve,
Eu sei, ter pisado em uma barata.
Você a pediu desculpa? A barata é solitária.
Nunca ninguém desde a fundação deste mundo (se ele foi fundado) mais nunca ninguém alisou uma cabeça de barata.
Eu! Eu agora reparo algo.
Algo que se revelou como uma Epifania a mim.
Eu passei de réu a advogado da barata.
O mundo! O mundo! Deve. Deve o que?
Você leitor me pergunta?
O mundo deve ser mesmo aquele que defende a barata.
Eu escondi.
Falo agora, todo dia bem cedo eu como um pedaço de pão com barata.
Calma - escrevo isso no imperativo - não mencione isso a ninguém.
Isso pode ser nosso segredo?
O pão, ele é minha realidade, vocês já sabem disso não é.
A barata é a verdade, o caminho e a vida.
Não sei se é permitido definir alguma coisa.
Mais defino, determino-me em favor da barata.
A barata é psicodélica.
Falo em voz baixa, nojenta, mas psicodélica.
Não se levante.
Eu digo aqui ela é, certa.
Ela não é bicho.
Ela é um ser, perfeito ser, como já disse.
Feito de luz, luz da estrela do cosmo.
Dos olhos de Yansã, das estrelas de mil pontas.
Dos deuses do Olimpo, acho que a barata é tão difícil de definir com esses sentimentos criados.
Eles são criados, inventados, eu sei disso.
O amor é difícil de definir e fácil de mentir.
Nisso não diga que protesta.
Eu não quero amar, ser feliz? Eu não quero.
Não quero ser a coisa que é em todos os sentidos é boa.
Sou terrível eu não quero ser anjo, quero ser caído.
Quero conhecer o inexplicável fluido da vida.
quarta-feira, 29 de abril de 2009
Eu queria ser aquilo que não sou o fato é que, nós somos aquilo que não podemos ter, eu queria ter aquilo e não tenho isso.
Ver aquilo que sou, o que fui é nostálgico.
Eu fui concebido em 1990, mas já se passaram mais de nove anos e eu ainda não nasci, agora tenho meus dezoito anos; ainda não sei o propósito, eu, sou igual a todos, porém sou diferente porque não sei quem sou. Não sei ainda o que quero, sei, eu sei que desejo ser o que não sei o que é.
Os “mortos” falam comigo. Eles, eles não são maus. Não são, são meus anjos. Eu chamo de “mortos” esses personagens que não sei quem são.
Sei que uma hora dessas vocês deve esta se perguntando como assim? Como ele fala com os mortos? Não, não sou médio. Também não falo da filha da filosofia - religião -, também não sou um defunto que conta suas memórias, não vivo delas são nostálgicas.
É que um dia me transladei de alguma forma até sua dimensão: a dos “mortos”.
NÃO ESTAVA dormindo mais estava sonhando, nessa hora não sei acho que era alucinação. O sonho era bom. Tão bom que até os sonhos sonhavam. Tenho que dizer uma coisa, coisa essa que me da grande medo, medo que me tomem por alienado ou algo que a psicologia diagnostica como anormal, porém digo para não receber a alcunha de covarde como já antes fizeram, falo logo:
- Os mortos não estão mortos, os mortos estão vivos e dominam os vivos.
Faz tempo que eu vejo um menino nesse mundo que não é meu. Ele é pequeno aparenta ter doze anos, e não saber o que é viver. Tenho que expressar o que sinto agora:
- Viver é cruel.
Não que essa crueldade seja ruim, ela não é, a bailarina mágoa seus pés com a sapatilha de ponta, isso é cruel, mas ela não para de dançar por isso; os aplausos pagam.
Depois de parar e escutar algumas palavras ditas pelo menino, eu vi, a emoção dos meus olhos tinha me enganado. Ele falava-me sobre teologia, coisas de D’us, filosofia, história, literatura e até política, chegou a compara essas com raciocínios lógicos.
- Qual sua idade? Perguntei eu em minha curiosidade, o que provava a minha real mortalidade humana sempre presa as coisas do tempo, digo: mortalidade humana, porque nem sempre convivo com homens. O garoto disse aquilo que eu já tinha pensado. (Uma hora dessa eu já não pensava bem, por quê? Porque tinha parado com minhas consultas psicológicas). Ele disse:
- “Vocês homens são feitos todos iguais”. Ele falava, tenho que dizer, com muita sabedoria, contou-me que tinha nascido antes do mundo e que por isso era mais velho.
Contou-me do nada, de anjos e demônios, da paz, da liberdade, das guerras e dos escravocratas. Explicou-me sobre o ocidente e dos ventos do oriente, relatou-me da ganância dos homens, do sangue negro que vinha do oriente - médio, disse-me também que isso era o fundamento de todo o ódio, lá do meio do povo nós escutamos que a personificação do diabo e o ódio, eu vi o diabo.
Só agora eu pôde ver que ele sentia, ele chorou, o menino tinha seus traços de humano, a lágrima era uma gota de sangue, eu não perguntei por que ele chorava, não perguntei por que eu sabia.
Só agora eu sei, aquele garoto é o princípio. Ele, ele é o pensamento que pensou em criar tudo. Ele pensou em me inventar, em criar a humanidade, porém a guerra não é o final, os fins devem ser felizes para sempre.
Uma uva acabou de cair no chão. Ela não vai morrer, eu sei, o menino chorou e sua lágrima caiu na uva.
No começo uma pessoa plantou uma oliveira.
sábado, 4 de abril de 2009
***
Fuga da realidade
Saudades da minha infância querida
Retorno ao meu passado
quinta-feira, 12 de março de 2009
Às vezes a lua não brilha no horizonte.
A nuvem não deixa.
As estações mudam,
Há momentos que a lua brilha...
O quê? Por quê? Não! Não fui eu! Eu não sei,
Sei que falaria se soubesse. O quê? O que é? É essa, a palavra primeira, que sai da boca de qualquer mortal. O fato é que, a curiosidade é grande; por isso o homem inventou várias formas de dizer por quê.
O que é razão? Isso mesmo o que é isso que os “civilizados” dizem ter? Quero dizer, se uma bomba explode quem... Quem! Quem tem razão? Loucura é viver sendo terrestre.
Eu tenho medo das lembranças do futuro. Loucura é ser puro, e matar seis milhões de judeus.
Um dia estava andando pelas ruas do Engenho Novo, o ritual estava sendo praticado como sempre, tudo era comum, tudo mesmo, menos uma pessoa; esta ninguém queria ver. Era um mendigo - esquecido até – ele tinha uma deficiência mental, muitos diziam: ele não tem razão. Como eles podiam dizer isso? Certo, ele não tinha nada para comer. Apenas quatro fatias de pão de forma, digo: isso não é muito e ele não comeria aquilo que para mim parecia ser pão.
Ele arrumava as fatias de pão, vez isso por quatro ou cinco vezes. Não sei, vejo que se formou em sua face – suja – uma aparência pensativa, até que ele disse:
- Bati!
Não posso me esquecer que tenho que comer meu pão com barata, meu pedaço de corpo. Isso mesmo, corpo criado do reflexo divino. O pão é a realidade do corpo.
“(...) Portanto, qualquer que comer este pão, indignamente, será culpado do corpo do Senhor, porque o que come indignamente, como para sua própria condenação, não discernindo o corpo do Senhor.”
Será que devo? Comer o pão é real.
Não sei se sou digno de comer o pão, me levará ele para o céu? Onde estão todos os profetas loucos, ou para o inferno? Há uma coisa que eu tenho que tenho certeza ele, o mendigo “louco” jogava com os pães.
Agora não sei quem é o protagonista desta história, o pão que se personificou em um personagem bastante sólido ou o mendigo que apareceu no intróito dessa narrativa, é também não sei se isso é uma estória ou uma história.
Algumas perguntas devem ficar aqui descritas. Aonde ele bateu? Para não perder o costume humano, porque ele bateu?
A loucura é mesmo uma falta de razão? Quero dizer caro amigo, ele tinha mais razão que muitos, ele sabia vencer o jogo.
O jogo era dele isso não é dúbio, o alienista era mesmo alienado? Uma vez escutei um bispo calvinista dizer uma coisa e quero aqui relatar: “A loucura é a forma que D’us encontra para que não seja revelado aquilo que é mostrado aos ‘loucos’”.
terça-feira, 10 de março de 2009
Ao verme que devora da minha alma e me lembra da minha mortalidade dedico a dor dos meus sentimentos. Este Verme punguista ainda trouxe-me a alcunha de covarde. Poderia leitor, ele macular a honra desse pobre macetão? Macetão - mesura para aumentar a alegoria do moço -deixe por favor, eu, voltar ao intróito dessa história, há tempos meus sonhos são visitados por um estranho , ele, não é um homem é um animal - bonito a princípio - mas aos poucos esse animal vira um verme - um verme transeuntes - ele é como a vaga, ele me ataca, não com armas cortantes, ele não alveja minha carne, ele é carnívoro, porém não degusta da minha carne, ele atinge meus pensamentos e isso dói. É, eu sei bom e fiel amigo! como pode ele atacar meus pensamentos e eu sentir dor? não, não dúvide estúpido cético da minha dor, essa dor é claro, não é mortal, mas ela me deixa louco, isso tudo é... eu sei meio dúbio e é essa dubiedade que vou tentar explicar, é certo que vou tentar dulcificar a história.O ovo, o verme nasceu de um ovo, no princípio o ovo já existia, mas o Verme não, ele nasceu depois, talvez tenha sido o tempo que chocou o ovo e o Verme nasceu, agora ele existe. Isso tudo é muito complexo, complexo como os dodecafonistas que usam doze notas, eu, eu não, eu uso apenas uma. Se eu fosse a casca o verme séria o que? O Verme, ele é o personagem protagonista dessa história, eu acho. Não que ele realmente seja um verme, e que não arrumei adjetivo que o descreve-se, isso também cansa, e eu gosto de chamar esse "ser" de VERME, eu sou apenas uma pessoa em processo de metamorfose, não que eu seja um adolescente, isso é incerto. "A vida não é LÓGICA." ( como eu queria não colocar aspas nessa frase). Isso é certo, não é lógica, "a vida não é lógica", se fosse eu acharia uma fórmula para me livra desse Verme, eu me olho no espelho e vejo minha face, porém ela vai aos poucos se transfigurando até ... que meu rosto toma a aparência do verme, senti é a emoção do olhar, vejo na hora mesma em que sou visto,é , eu me olho no espelho ... porém o espelho reflete a imagem do Verme. Verme! Verme! Srº. Verme! foi essa imagem que encontrei para dizer que eu sou o Verme.
Londom Carter.
sábado, 31 de janeiro de 2009
Eu sempre vivi na minha casa,
Andei por vários lugares e não sai da minha cama,
Sempre volto ao mesmo ponto,
Caminhei por caminhos estranhos,
Conheci árvores estranhas,
Elas não saem do lugar.
Um dia olhei e vi aquilo que não queria ver.
Vi poços e buracos,
Vezes e monstros, Vi homens grandes e pequenos,
Pequenos marginais,
Os grandes-pequenos marchavam.
Vi, Vá vi, poucas sementes pequenas tornam-se grandes.
Grandes e bonitas árvores frondosas.
Alguns Poços não têm molas,
As Lágrimas só enche-os,
Alguns Poços têm caminhos, outros não os têm.
A vida é uma eterna rotina de viver o que não se sabe.
Hora, minuto, segundo,
O tempo é uma cadeia quero transcede-lo,
Só poderei na eternidade?
O tempo cura os problemas ?
Na infância era assim,
A hora continua "correndo",
Os problemas são resolvidos com o tempo?
Ou o tempo nos consola para a realidade?
Os problemas morrem depois de outro dia?
sou predestinado a viver o que vivo,
Transceder essa essência é vivivel,
Escrevo para ser eterno.
Londom Carter.
Quero vomitar um mostro que corrompe-me,
A lepra tira minha pouca sensibilidade,
Não consigo ver com os meus olhos,
Tenho que me matar antes que eu morrar.
Tu, vá. Eu não quero ir!
Se tivesse fim eu começaria.
Sempre quis escrever algo inteligente,
isso demanda pesquisa é muito difícil,
gosto mais de escrever meus pensamentos,
isso é menos cansativo e mais lelivel.
Agora vejo que não vomito porque isso faz parte de mim.
O que faz parte de mim? não sei. Eu sou só assim, eu sou isso.
Aquilo não importa, não completa.
Londom Carter