sexta-feira, 17 de julho de 2009

Protesto!

As cenas de um filme não param, eu grito isso.
Minha vida é assim, ela meio que não para.
Quero falar. Digo para vocês em imagens.
Elas – as imagens – são uma coisa que desenha, não sei o que.
As feridas, elas, são minhas imagens preferidas.
Eu gosto e devo dizer não me faça ser um mentiroso.
Eu gosto de baratas, tenho que dizer, eu, eu já fui processado por uma barata.
Sabe por que ela me processou? Porque eu era feliz.
Eu digo, quero viver a alegria. Aleluia, alegria diabólica.
Quero ver aquilo que não sei.
Tenho medo, escrevo, para ser feliz, eterno,
Foi por isso que ela levantou-se contra mim, levantou esse julgo.
Não, não falem dela.
Ela é viva.
Eu quero ter a mentira, por quê? Porque eu? Eu sou feliz por quê?
A barata pode ser feliz, eu não, eu, não posso.
A barata é verdadeira, ela mostra o que é.
Desculpa - você mesmo leitor - me perdoa?
Sou humano, ela, a barata, me convence de ser mortal.
Vou te perguntar uma coisa.
Você é feliz?
Eu disse sou humano, não quero.
Não quero leva, essa culpa, sozinho.
Mais a barata ela é feia, desculpa barata, não use mais isso contra mim.
Eu tava no tribunal da barata, sendo julgado por esse ser que é perfeito.
A barata é prefeita, você deve,
Eu sei, ter pisado em uma barata.
Você a pediu desculpa? A barata é solitária.
Nunca ninguém desde a fundação deste mundo (se ele foi fundado) mais nunca ninguém alisou uma cabeça de barata.
Eu! Eu agora reparo algo.
Algo que se revelou como uma Epifania a mim.
Eu passei de réu a advogado da barata.
O mundo! O mundo! Deve. Deve o que?
Você leitor me pergunta?
O mundo deve ser mesmo aquele que defende a barata.
Eu escondi.
Falo agora, todo dia bem cedo eu como um pedaço de pão com barata.
Calma - escrevo isso no imperativo - não mencione isso a ninguém.
Isso pode ser nosso segredo?
O pão, ele é minha realidade, vocês já sabem disso não é.
A barata é a verdade, o caminho e a vida.
Não sei se é permitido definir alguma coisa.
Mais defino, determino-me em favor da barata.
A barata é psicodélica.
Falo em voz baixa, nojenta, mas psicodélica.
Não se levante.
Eu digo aqui ela é, certa.
Ela não é bicho.
Ela é um ser, perfeito ser, como já disse.
Feito de luz, luz da estrela do cosmo.
Dos olhos de Yansã, das estrelas de mil pontas.
Dos deuses do Olimpo, acho que a barata é tão difícil de definir com esses sentimentos criados.
Eles são criados, inventados, eu sei disso.
O amor é difícil de definir e fácil de mentir.
Nisso não diga que protesta.
Eu não quero amar, ser feliz? Eu não quero.
Não quero ser a coisa que é em todos os sentidos é boa.
Sou terrível eu não quero ser anjo, quero ser caído.
Quero conhecer o inexplicável fluido da vida.

6 comentários:

Bárbara disse...

Intrigante, instigante e perturbador. Gritado!!!! Muito bom, adorei. Senti suas palavras me sacudindo! parabéns

Julia disse...

alguém andou vendo Joe e as Baratas e lendo Paixão Segundo GH.

Flávio Perri disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Flávio Perri disse...

Curti o papo na madrugada e li todo o seu Blog. Você tem carisma, menino inteligente! Com pequenas revisões de português e algumas preocupações de forma, sua poesia é muito boa. Agora que o conheci virtualmente entendi sua explosão de gênio!

Sukih disse...

Adoro o teu blog *-*
É simplesmente fantástico!
Passa pelo meu e dá a tua opiniao :D

Flávio Perri disse...

Sukih, pergunto: recebi um comentário como dirigido a mim, mas creio que se dirige a London Carter...Será?