quinta-feira, 12 de março de 2009



As Noites
As noites são escuras.
Às vezes a lua não brilha no horizonte.
A nuvem não deixa.
As estações mudam,
Há momentos que a lua brilha...


O quê? Por quê? Não! Não fui eu! Eu não sei,
Sei que falaria se soubesse. O quê? O que é? É essa, a palavra primeira, que sai da boca de qualquer mortal. O fato é que, a curiosidade é grande; por isso o homem inventou várias formas de dizer por quê.

O que é razão? Isso mesmo o que é isso que os “civilizados” dizem ter? Quero dizer, se uma bomba explode quem... Quem! Quem tem razão? Loucura é viver sendo terrestre.

Eu tenho medo das lembranças do futuro. Loucura é ser puro, e matar seis milhões de judeus.

Um dia estava andando pelas ruas do Engenho Novo, o ritual estava sendo praticado como sempre, tudo era comum, tudo mesmo, menos uma pessoa; esta ninguém queria ver. Era um mendigo - esquecido até – ele tinha uma deficiência mental, muitos diziam: ele não tem razão. Como eles podiam dizer isso? Certo, ele não tinha nada para comer. Apenas quatro fatias de pão de forma, digo: isso não é muito e ele não comeria aquilo que para mim parecia ser pão.

Ele arrumava as fatias de pão, vez isso por quatro ou cinco vezes. Não sei, vejo que se formou em sua face – suja – uma aparência pensativa, até que ele disse:
- Bati!


Não posso me esquecer que tenho que comer meu pão com barata, meu pedaço de corpo. Isso mesmo, corpo criado do reflexo divino. O pão é a realidade do corpo.

“(...) Portanto, qualquer que comer este pão, indignamente, será culpado do corpo do Senhor, porque o que come indignamente, como para sua própria condenação, não discernindo o corpo do Senhor.”

Será que devo? Comer o pão é real.

Não sei se sou digno de comer o pão, me levará ele para o céu? Onde estão todos os profetas loucos, ou para o inferno? Há uma coisa que eu tenho que tenho certeza ele, o mendigo “louco” jogava com os pães.

Agora não sei quem é o protagonista desta história, o pão que se personificou em um personagem bastante sólido ou o mendigo que apareceu no intróito dessa narrativa, é também não sei se isso é uma estória ou uma história.

Algumas perguntas devem ficar aqui descritas. Aonde ele bateu? Para não perder o costume humano, porque ele bateu?

A loucura é mesmo uma falta de razão? Quero dizer caro amigo, ele tinha mais razão que muitos, ele sabia vencer o jogo.

O jogo era dele isso não é dúbio, o alienista era mesmo alienado? Uma vez escutei um bispo calvinista dizer uma coisa e quero aqui relatar: “A loucura é a forma que D’us encontra para que não seja revelado aquilo que é mostrado aos ‘loucos’”.


terça-feira, 10 de março de 2009

P.S. As Lembraças de um Verme














Ao verme que devora da minha alma e me lembra da minha mortalidade dedico a dor dos meus sentimentos. Este Verme punguista ainda trouxe-me a alcunha de covarde. Poderia leitor, ele macular a honra desse pobre macetão? Macetão - mesura para aumentar a alegoria do moço -deixe por favor, eu, voltar ao intróito dessa história, há tempos meus sonhos são visitados por um estranho , ele, não é um homem é um animal - bonito a princípio - mas aos poucos esse animal vira um verme - um verme transeuntes - ele é como a vaga, ele me ataca, não com armas cortantes, ele não alveja minha carne, ele é carnívoro, porém não degusta da minha carne, ele atinge meus pensamentos e isso dói. É, eu sei bom e fiel amigo! como pode ele atacar meus pensamentos e eu sentir dor? não, não dúvide estúpido cético da minha dor, essa dor é claro, não é mortal, mas ela me deixa louco, isso tudo é... eu sei meio dúbio e é essa dubiedade que vou tentar explicar, é certo que vou tentar dulcificar a história.O ovo, o verme nasceu de um ovo, no princípio o ovo já existia, mas o Verme não, ele nasceu depois, talvez tenha sido o tempo que chocou o ovo e o Verme nasceu, agora ele existe. Isso tudo é muito complexo, complexo como os dodecafonistas que usam doze notas, eu, eu não, eu uso apenas uma. Se eu fosse a casca o verme séria o que? O Verme, ele é o personagem protagonista dessa história, eu acho. Não que ele realmente seja um verme, e que não arrumei adjetivo que o descreve-se, isso também cansa, e eu gosto de chamar esse "ser" de VERME, eu sou apenas uma pessoa em processo de metamorfose, não que eu seja um adolescente, isso é incerto. "A vida não é LÓGICA." ( como eu queria não colocar aspas nessa frase). Isso é certo, não é lógica, "a vida não é lógica", se fosse eu acharia uma fórmula para me livra desse Verme, eu me olho no espelho e vejo minha face, porém ela vai aos poucos se transfigurando até ... que meu rosto toma a aparência do verme, senti é a emoção do olhar, vejo na hora mesma em que sou visto,é , eu me olho no espelho ... porém o espelho reflete a imagem do Verme. Verme! Verme! Srº. Verme! foi essa imagem que encontrei para dizer que eu sou o Verme.



Londom Carter.